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Grãos      
Silo secador movido à energia solar
Sistema é mais econômico, não utiliza lenha, não agride o meio ambiente nem põe em risco a qualidade dos grãos na hora da secagem
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Kamila Pitombeira
05/04/2013

Desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves em parceira com a Emater-RS, o secador de grãos para a produção de ração utiliza a energia solar para secar grãos naturalmente. Com esse sistema, mais econômico para o bolso do produtor, chega-se ao objetivo esperado sem agredir o meio ambiente, já que a lenha passa a não ser mais utilizada. Segundo Paulo Armando de Oliveira, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, o secador funciona substituindo a fonte de calor lenha ou, em algumas propriedades, o gás de cozinha, pela energia solar que chega através de um coletor solar. Esse coletor aquece o ar e o joga na camada de grãos através de um ventilador. O ventilador então faz a sucção do ar e joga-o por baixo de uma camada de grãos, promovendo a secagem.

— Esse ar aquecido vai secando as primeiras camadas e vai fazendo com que essa umidade migre. A frente de secagem vai aumentando até chegar ao topo. O objetivo é aproveitar a energia solar, já que o Brasil é um país rico nesse tipo de energia. Desenvolvemos esse secador em conjunto com a Emater no Rio Grande do Sul, onde existe a menor radiação solar do país no inverno. Mesmo nessas condições, conseguimos secar os grãos com uma temperatura de 8 a 10 graus acima da temperatura ambiente — afirma o pesquisador.

Ele diz que a grande vantagem do secador é a economia de lenha, o que contribui com a natureza e contra os gases de efeito estufa que são produzidos no sistema de secagem convencional. Outra vantagem, de acordo com ele, é o baixo custo em relação a sistemas convencionais.

— Esse secador foi desenvolvido para a pequena e média propriedade. Já desenvolvemos silos com capacidade de armazenamento de até 10 mil sacas. Mas isso não inviabiliza o pequeno produtor de usar esse sistema, pois é um sistema simples — conta Oliveira.

Ele acrescenta que outra vantagem é conseguir secar os grãos sem danificá-los. De acordo com ele, os secadores convencionais costumam secar por choque térmico com temperaturas de 80°C a 120°C, o que trinca o grão e rompe sua camada de proteção natural. Isso promove o aparecimento de fungos e facilita a penetração de insetos. Já a baixa temperatura, faz uma secagem natural, mantendo o grão também no seu estado natural.

— O sistema de secagem conta com várias publicações. Os produtores devem procurar a Embrapa ou a Emater do Rio Grande do Sul, que tem uma série de publicações, com detalhes construtivos, voltadas para a produção do secador que podem ser utilizadas por qualquer produtor. A construção desse silo pode ficar até 40% mais barata que a do silo convencional — afirma o pesquisador.

Já o manejo é simples. Ele explica que o produtor deve colocar um termômetro na massa de grãos e observar a temperatura. Quando essa temperatura estiver semelhante à temperatura do ar de entrada, o grão já estará seco.

— Hoje, se busca eficiência e a eficiência está ligada à qualidade. Para que não tenhamos problemas relacionados a doenças na criação de aves, suínos e bovinos, a secagem na propriedade é o mais recomendado. O Brasil tem uma grande produção de grãos, mas um armazenamento nas propriedades menor que 15%, o que faz com que os grãos tenham um passeio muito grande e o custo seja elevado. Os Estados Unidos têm uma produção alta com armazenamento em torno de 80% nas propriedades — diz.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa através do número (49) 3441-0400 ou com a Emater-RS através do número (5)1 2125-3144.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 01/06/2011

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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wilson a rodrigues
08/06/2011 - 09:00
SERIA ËTIMO SE FOSSE QUASE DE GRAÃA O CUSTO PARA O PRODUTOR.

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1 comentário

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